quarta-feira, 13 de março de 2013

Maria não é um dom , é uma imposição


A escola dominical e a catequese me disseram sobre a caridade e o amor cristãos , me disseram sobre oferecer a outra face . Quantas faces têm de ser oferecidas? Mas quantas faces eu vou ver morrer? Quantas "Marias" virão a sofrer nas mãos desses "Josés" por aí?

 Priscilla há de parar pra sempre nesse deserto, depenada aos poucos longe de nossos olhos. Ser Maria nunca foi (e talvez nunca seja) um dom de uma certa magia.

Minha outra face e esta minha face e as tuas faces, vão se cansando de apanhar.
Amor ao próximo, fraternidade e comunhão deveriam ser os pilares do cristianismo, mas não aparentam fazer muito sucesso entre eles. Mas o que se há de esperar de alguém que segue um Cristo que não veio pra trazer a paz e a união a terra , mas a espada e a desanvença ? ¹

 Essa espada castra e fere a todxs e a cada um de nós , dia após dia, ano após ano,"per omnia saecula seculorum"².
Nos resta fazer mais nada , por não haver mais jeito , ou lutar para que haja um jeito?
Essa é uma pergunta honesta de quem não pretende se juntar a eles apenas por "não poder" contra eles.

¹Evangelho de Mateus : Capítulo 10,  versículo 34 /Evangelho de Lucas : Capítulo 12 ,versículo 51
²"Por todas as épocas das épocas" ou "Por todos os séculos dos séculos"

sexta-feira, 1 de março de 2013

Lembrem-se das travestis de Singapura


Quando as questões são escatologia e "escatolatria" , poucos lugares são mais prolíficos do que a cabeça de  um pré-adolescente com meia dúzia de pentelhos no ovo esquerdo,poucos , mas existem. A prova se encontra na fotografia abaixo, que foi tirada no Centro Acadêmico(CA) de um instituto de letras, numa universidade pública federal.

Estudantes de Letras encontraram na tarde desta segunda feira (25/02/2013), o escrito presente na foto acima, no quadro-negro verde de seu CA. Devido ao histórico de engajamento e luta ,que é comum aos cursantes da área de humanas nessa universidade,nos pusemos na busca de informações a respeito das coleguinhas asiáticas. Via Google e fontes mais inteiradas com a situação de travestis e transgêneros pelos continentes deste mundo e através dos tempos chegamos a um resultado apenas. O desfecho da busca foi desolador, nada de relevante ou fora do comum está a acontecer com as amigas travestis de Singapura,nada de impressionante, além é claro do fato de não precisar ser nenhum Ronaldo Fenômeno pra confundir alguma delas com uma mulher (XX) local.

Quem terá sido o peralta desalmado a mobilizar todo um curso em torno de uma luta aparentemente falsa ? Terá sido a mobilização em vão? Teríamos nos unidos por uma causa metafórica, que  apontava pra males maiores além de nosso entendimento?

Jamais saberemos , o quadro foi apagado. A questão é que seja lá qual for a luta das travestis de Singapura , ela é nossa , ou como diria Carlos Alberto a  respeito de sua praça (que é nossa) : "Ela é muito nossa".

Mas creio por bem , terminar com uma questão : E os/as hermafroditas do Nepal?
Reflita a respeito.